Orvalho
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
COLHEITA
sangra e pulsa
verbos e poemas/
germina tua seara de sangue
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
DORES
hora triste e dolorida
calam as dores/
crepúsculo adormece sem cor
VOAR
que sabe o pássaro
além de voar/
de flor em flor vive a beijar
ASAS
a lagarta criou asas
logo não se recorda
do ramo onde pousou
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
AMAR
conhecerás o amargo gosto
que há
na delicia de amar
BELEZA
Beleza
há muito mais espinhos
que flores/
a beleza ilude
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
ADAGIO
expressivos olhares
agora passam[lentamente]
sobre as tuas covardias
ALMA
mentiras não banais
[utopias] - os dias passam/são iguais
bocejos da alma só mais tarde
ABANDONO
Abandono
saudade em agonia me invade
mendigo sou/
nesta minha ingenuidade
terça-feira, 20 de setembro de 2011
IGNORANCIA
percorre-me de cima a baixo
na ignorancia revela
o que não consegue entender
VERDADE
verdade que me devora
é não saber
onde mora a solidão dos homens
INTIMIDADE
próximos, muito próximos
e então conhecemos a nossa intimidade
que a moldura revela
CAMINHOS
Caminhos
ouvi a voz do mundo
e seu falar suave
dos caminhos_____
o mais longo escolhi
ALEGRIA
a noite gelada
se cala
as flores devem sorrir
CHUVA
o céu que hoje sorria
talvez chore amanhã/
alternam sol e chuva
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
FLOR
como pode a flor
desejar de um inseto
algo mais que um voo?!
OLHAR
a vida não se resume
a um pouco de perfume/
consigo manter o olhar que interpreta
domingo, 18 de setembro de 2011
ESTRELA
Estrela
a noite em seu silêncio
aprisiona a estrela,
sem inútil reação
AUSÊNCIA
quando tudo em redor se cala
e se ausenta e dorme
que me invades o olhar
CERTEZA
em tudo que me encanta
e comove e enternece
posso trair-te e a mim
SOLIDÃO
para onde vai a solidão
quando a luz
ainda encanta?
RUBOR
ruboriza-se a rosa
ao ouvir segredos
de um besouro, à passagem
.
PAZ
de mim mesma,
em que estas totalmete integrado/
posso evadir-me ainda
HAIKAI 03
a alma reluz
rosário d'água
nas mãos da manhã
TRANSPARÊNCIAS
asas transparentes
da cigarra cantadeira
em irisado adejo/arco íris
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
MUNDO
naquele
galho
,
indiferente ao perigo
o pássaro canta
BRUMA
Bruma
dentro do vento
a bruma se desfaz
as mãos ficam nuas
PÓLEN
Pólen
a febre do pólen
consola a flor
santifica o olhar
NINHOS
Ninhos
ninho abandonado
acabaram-se os cuidados
voaram os pássaros
CORES
Cores
a ilusão branca
dormiu no abandono
acordou o arco-íris
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
SAUDADE
nas asas do tempo
a saudade se prepara
para receber a velhice
VEGETAÇÃO
Vegetação
paisagem simples e sossegada
um gramado
flores rindo à toa
VENTO
Vento
uma carícia de vento
hoje a saudade
esta vestida de veludo
SOL
SOL
o crepúsculo
esboça um sorriso
a tarde morre, pouco a pouco
SONHOS
não sei o que as árvores pensam
mas não pensam talvez,
estão só a sonhar
TEMOR
certo receio me invade
deste nosso frente a frente,
que não me deixa feliz
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
PAUTA
linha do horizonte
dó, ré, mi, fá, sol, lá, si
semibreve/tarde
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